terça-feira, 2 de outubro de 2007

Congo Jr, um espanto de consola!!!






O Teatro Ribeiragrandese já tem a sua nova consola em pleno funcionamento. Depois da formação dada pela equipa técnica da empresa "Luzeiro" (um muito obrigado ao João Pedro e ao Vitor Paiva, foram incríveis), os técnicos da casa estão prontos a tirar proveito de todas as potencialidades da nova consola.


Versátil em toda a sua funcionalidade, a CONGO JR apresenta um interface simples e práctico e com uma navegação fácil e sem demoras. Seja com luz convencional ou com robôtica, esta apresenta sempre soluções fáceis e cómodas. Com um sistema de ajuda completa que integra filmes e fotos é quase impossível não conseguir o que se deseja nesta consola.
A criar-se em Portugal uma rede de troca de informação de usuários da CONGO (Figueira da Foz, Faro, Ribeira Grande, D. Maria II, etc...), ficará mais fácil a resposta a dúvidas ou complicações que possam surgir.


Esperemos agora por um espectáculo que utilize quase todos os recursos da consola para podermos fazer uma análise mais detalhada do equipamento.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Contactos!!!

Quem discordar (ou concordar) com as ideias apresentadas neste blog pode contactar-me directamente através do seguinte email: andrefariaraposo@gmail.com
Qualquer comentário a qualquer post é sempre bem vindo. Era um enorme prazer ver questões técnicas (e não só) serem discutidas neste blog.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

DMX512


DMX512 – O que é...

De certeza que todos ainda se lembram de como era antes de utilizarmos o DMX512. O Controle era feito por um pequeno conversor de corrente alternada de baixa voltagem, dando à lâmpada diferentes níveis de intensidade dependendo da proporção da voltagem gerada pelo conversor. Diferentes voltagens e polaridades são usadas, mas o sistema de +10 volts é o mais popular. Este sistema ainda é utilizado nos dias de hoje.
Até que apareceram as consolas computadorizadas básicas. Os computadores vieram revolucionar tudo. O sistema de comunicação digital era perfeito, até que começaram a aparecer todo o tipo de fabricantes com seus protocolos. O usuário ficava logo condicionado. Se tivesse uma consola de uma certa marca, teria de ter todo o sistema da mesma marca, inclusive a assistência técnica. O cliente final era sempre a principal vítima.
Nesta altura era urgente a aparição de um protocolo universal que fizesse todo a gente feliz. Foi em 1986 que o USITT (Instituto de Teatro e Tecnologia dos Estados Unidos) desenvolveu o protocolo DMX512, com um interface entre os dimmers e a consola. Era um conceito simples muito bem recebidos por todos. O protocolo foi sempre sendo melhorado ao longo dos anos e foi em 1998 que sofreu a sua ultima modificação.


DMX512 – Funcionamento Básico...

O protocolo DMX consiste em uma corrente de dados que é enviada por um sistema balanceado de cabos, conectados entre um transmissor de dados (mesa de luz) e um receptor de dados (dimmers, máquina fumos, moving head, etc). Uma só porta DMX pode passar informações para 512 canais. Esta porta é conhecida por Universo DMX.
Nós, iluminadores, costumamos utilizar muita vez o exemplo do carteiro para descrever o protocolo DMX. Ora imaginemos:
- cada carteiro (universo) tem 512 casas (canais). Cada casa (canal) tem um único endereço. Algumas casas são apartamentos arranha-céus (moving head, scanner, etc). O carteiro vai de casa em casa e entrega a sua carta (os dados) em caixas separadas. Cada ocupante abre a sua caixa e lê a sua carta.


DMX512 – Problemas...

Utilizando uma rede de dados Daisy Chained (o primeiro liga-se ao segundo, que se liga ao terceiro e assim por diante) é comum aparecerem problemas. Normalmente são os cabos a fonte dos problemas. Eis 15 dicas para evitar problemas com os cabos DMX:
1- Ter um testador DMX, ajuda a detectar erros nos cabos.
2- Utilizar sempre cabos apropriados, nunca utilizar cabos de microfone.
3- Confira sempre a conexão entre os pinos 2 e 3 antes de conectá-los.
4- Tomar cuidado com os equipamentos receptores que utilizam conectores de 3 pinos. Algumas vezes é necessário utilizar um conversor de 5 para 3 pinos com a fase invertida. Alguns fabricantes não seguem o padrão, tornado necessário testar exactamente qual é o pino +s e –s.
5- Confirmar que a malha do pino 1 não está soldada ao corpo do conector XLR. Apenas a mesa de luz deve ter a terra no chassi.
6- Alguns ecrãs VGA ou SVGA tendem a descarregar electricidade estática na terra. Devemos ligar a mesa de luz a uma terra diferente da dos ecrãs, evitando assim, uma interferência na geração de sinal.
7- Ligar todos os equipamentos inteligentes (moving head) numa alimentação diferente dos dimmers e dos amplificadores de áudio. Por vezes ao ligar vários follow spot’s, se a cabelagem estiver sobrecarregada, os equipamentos inteligentes podem reiniciar. O mesmo pode acontecer com uma nota de baixo (grave) num amplificador de som.
8- Utilize sempre bons conectores XLR, de preferencia de marca boa.
9- Nunca esquecer o terminador (resistor) na ultima unidade de rede. Alguns equipamentos já trazem o terminador embutido, que deve ser habilitado através de um botão no equipamento.
10- Calcular a carga de DMX, e se necessario utilizar splitter’s.
11- Planear o endereçamento dos equipamentos cuidadosamente. Às vezes muito tempo é perdido à procura de um erro desta natureza.
12- Evite passar os cabos de DMX juntamente com cabos de energia ou de alimentação do dimmer, devido ao ruído existente junto destes cabos.
13- Tenha cuidado ao passar cabos DMX junto de projectores, pois estes podem aquecer muito e derreter os cabos.
14- Utilizar um Estabilizador/No Break para alimentar a consola é sempre recomendado. Uma linha não estabilizada pode variar causando uma reinicialização do sinal.
15- Leia sempre o manual para saber exactamente todas as funções do equipamento, assim como configuração e capacidades máximas permitidas.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Renderizações do musical "À Procura de um Pinheiro"

















Light Designer: André Raposo

Softwares de Iluminação


Fotos: www.cast-soft.com




Quando comecei a fazer desenhos de luz utilizava ferramentas simples: canetas, réguas paralelas, etc. Com estas ferramentas era possível fazer desenhos detalhados e bem elaborados, porém quando os erros aconteciam era preciso começar tudo de novo. E tempo é precioso...



Hoje, graças à evolução da Informática, estão disponíveis no mercado óptimas ferramentas para designers. Já existe no mercado software muito avançado que, para além de fazer simulações em 3D, fazem excelentes renderizações (processo de construção de imagem em estrutura bitmap). Só tem um "senão": são todos muito caros. Os mais conhecidos são o Compucad da marca israelita Compulite, e o Wysiwyg da Cast Software.



Em jeito de opinião pessoal diria que o Compucad é um excelente software: consegue construir ambientes, importar arquivos CAD, filtros, gobos, etc... mas superado em muito pelo Wysiwyg. Neste, além de excelentes bibliotecas de equipamentos, truss's, filtros, gobos, objectos, ainda temos óptimas renderizações. Em suma o software de Iluminação mais completo e complexo de sempre.



Mais à frente irei pôr neste mesmo espaço algumas fotos de renderizações e projectos feitos por mim em Wysiwyg.

Primeira Congo Jr. nos Açores

Foto: www.etcconnect.com


O Teatro Ribeiragrandense será o primeiro nos Açores (e talvez Portugal) a estar equipado com uma consola de luz AVAB Congo Jr. by ETC. A irmã pequena da grandiosa CONGO disponabiliza o mesmo software que a irmã.


Mais pequena mas com quase todas as mesmas funções, a Congo Jr é uma consola versátil, inovadora e práctica.


Mais informações sobre a consola serão aqui disponabilizadas assim que se realize a entrega do novo equipamento e possa ter a oportunidade de a operar.


Iluminação de Orquestras


Existem alguns passos importantes para iluminar correctamente orquestras. O importante é iluminar a partitura, realçando os instrumentos, os músicos e o maestro.

O primeiro cuidado a ter é formar uma luz soft, ou seja, uma luz que não crie sombras definidas. Para isso, devemos utilizar filtros difusores em todos os projectores, ou então trabalhar só com projectores fresnel. Em relação à inclinação, é recomendado 45º na frente e 60º na contra-luz.

Alguns designers preferem forrar todo o palco (abaixo dos projectores) com tecidos sintéticos ou telas difusoras.

Para a iluminação do maestro a luz pode ser um pouco mais dura e com filtros poucos saturados, porém respeitando sempre um ângulo de inclinação que não incida luz directa na partitura do maestro.

Génese

Este será um blog dirigido a todos os profissionais do mundo da "LUZ" e não só. Tentarei por artigos utéis ao dia a dia do iluminador. Não servirá para ensinar nada a ninguém, simplesmente e no máximo, servirá para matar curiosidades. Todo o comentário ou ideia é sempre bem vindo num espaço como este e/ou dúvidas que possam surgir serão respondidas na medida do possível. Era engraçado este blog ter uma boa adesão por parte das pessoas envolvidas no ramo do espectáculo. É um blog ambicioso mas, certamente, de sucesso.